segunda-feira, outubro 02, 2006



Atualidades - Eleições 2006

Mais uma vez estamos diante das urnas... e nos perguntamos, qual é a natureza da democracia no Brasil... a dos conquistadores ou... a dos imperadores, antigamente...(e hoje) dos meios e comunicação?
Esses que de maneira geral, cada vez mais nos dizem o que é... ou deve ser a verdade...ou como certamente deve ser entendida.
Não faço as honras desta última... pois acredito que todas as pessoas que procuram o bem notam, como vários meios de comunicação constroem a informação a partir do zelo de poucos que vão nos mostrando uma verdade moral distorcida e fajuta que hoje pune e amanhã coroa os maiores corruptos que a história deste país já conheceu.
São Paulo_, esta nossa metrópole cosmopolita nos mostra como esse nosso país necessita de lideres autênticos e impregnados de loucuras ... mas que tenham um ideal a ser atingido e objetivando sempre a verdade e o bem comum da humanidade e não os interesses gana por poder de meia dúzia de empresários que acreditam "piamente" que o mundo é em parte dos nomes de suas hipócritas dinastias imperiais, que pasmem, ainda têm suas raízes bem cravadas no seio do poder político deste nosso país.
Desculpe-me o Paulistano, no geral, mas o BRASIL fez São Paulo e não o contrário.
Essa raça brasileira, que não esta em nenhuma novela ou mídia... é essa raça miserável que pede seu lugar na história. Acorda São Paulo...

Meus escritos.
Leonardo

www.espacoacademico.com.br/034/34pol.htm
Shakespeare, célebre conhecedor da natureza humana, faz com que Ângelo, em Medida por medida, pronuncie as seguintes palavras:

“Uma coisa é ser tentado e outra coisa é cair na tentação. Não posso negar que não se encontre num júri, examinando a vida de um prisioneiro, um ou dois ladrões, entre os jurados, mais culpados do que o próprio homem que estão julgando. A Justiça só se apodera daquilo que descobre. Que importa às leis que ladrões condenem ladrões?” (SHAKESPEARE, 1994:129)

O espetáculo da corrupção enoja e torna a própria atividade política ainda mais desacreditada. Os que detestam a política – como diria Brecht, os analfabetos políticos – regozijam-se. Os podres poderes fortalecem os argumentos pela indiferença e o não envolvimento na política. É o moralismo abstrato e ingênuo que oculta a ignorância e dissimula a leviandade egoísta dos que não conseguem pensar para além do próprio bolso.

Quem cultiva a indiferença, o egoísmo ético do interesse particularista, é conivente com o assalto ou é seu beneficiário. O que caracteriza a república é o trato da coisa pública, responsabilidade de todos nós. Como escreveu Rousseau (1978: 107): “Quando alguém disser dos negócios do Estado: Que me importa? – pode-se estar certo de que o Estado está perdido”.

Eis o duplo equívoco do analfabeto político: nivelar todos os políticos e debitar a podridão apenas a estes. Os políticos, pela própria atividade que desempenham, estão mais expostos. No entanto, não há corrupção, sem corruptores e corrompidos. Pois, se a ocasião faz o ladrão, a necessidade também o faz.

Não sejamos hipócritas. Exigimos ética dos políticos como se esta fosse uma espécie de panacéia restrita ao mundo – ou submundo – da política. Mas, e a sociedade? Se o ladrão rouba um objeto e encontra quem o compre, este é tão culpado quanto aquele.
A bem da verdade, o ladrão aproveita a ocasião. Quem de nós nunca foi tentado? Quem de nós não cometeu algum deslize quando se apresentou a ocasião? Quem foi tentado e não caiu em tentação? Quem conseguiu manter a coerência entre pensamento e ação, discurso e prática? Os homens são julgados por suas obras e apenas através delas é que podemos comprovar a sua capacidade de resistir à tentação. Afinal, como afirma Shakespeare (1994: 201), através de Isabel, sua personagem: "A lei não alcança os pensamentos e as intenções são meros pensamentos".

Não basta apenas criticar os que caem em tentação, é mister superar o comodismo do analfabetismo político. Pedagogicamente, educamos pelo exemplo. Não podemos exigir ética na política ou formar uma geração cidadã, consciente dos seus direitos e deveres e capaz de assumir a defesa da justiça social, se nossos exemplos afirmam o oposto. Afinal, mesmo os ladrões têm a sua ética. O personagem shakespeareano tem razão...

www.espacoacademico.com.br/034/34pol.htm

Um comentário:

Anônimo disse...

O único momento q se lembra do povo é agora, quem não se elegeu está a procura de um meio para continuar se dando bem, quem se elegeu com poucos fotos está magoado com o povo, quem se elegeu com muitos fotos, já, já se esquece do eleitor e começa a confabular para interesse de partidos e grupos.Mas e o povo????Concordo com vc.
BJOS!